Quem tem boca vai a Roma ou vaia Roma?
Criamos as línguas sob a ilusão de que poderíamos, pela palavra, dominar e esculpir a realidade.
Algo, no entanto, deu errado. Não só a realidade se opôs à nossa pretensão de domínio pleno como os próprios idiomas se revelaram incontroláveis, seguindo caminhos tortuosos que muitas vezes flertam com o nonsense. É o que demonstra o recém-lançado Dicionário de Expressões Coloquiais Brasileiras, do professor carioca Nélson Cunha Mello. Tão útil quanto saboroso, o livro publicado pela Leya esclarece a origem de inúmeros termos e frases que empregamos cotidianamente, não raro sem nos perguntar se de fato fazem sentido. Cinco exemplos:
* Por que, afinal, dizemos que um objeto exibe a estranhíssima "cor de burro quando foge"? Alguém já viu um burro mudar de cor assim que sai em disparada? Cunha Mello explica que a expressão é uma corruptela e deriva, na verdade, de uma afirmação nada absurda: "corro de burro quando foge".
Da mesma maneira,
* "enfiar o pé na jaca" advém de "enfiar o pé no jacá", uma espécie de cesto;
* "estar com bicho-carpinteiro" descende de "estar com bicho pelo corpo inteiro";
* "ir para cucuia" provém de "ir para o cemitério da Cacuia", um bairro na Ilha do Governador (RJ) e
* "quem tem boca vai a Roma" decorre de "quem tem boca vaia Roma".
Algo, no entanto, deu errado. Não só a realidade se opôs à nossa pretensão de domínio pleno como os próprios idiomas se revelaram incontroláveis, seguindo caminhos tortuosos que muitas vezes flertam com o nonsense. É o que demonstra o recém-lançado Dicionário de Expressões Coloquiais Brasileiras, do professor carioca Nélson Cunha Mello. Tão útil quanto saboroso, o livro publicado pela Leya esclarece a origem de inúmeros termos e frases que empregamos cotidianamente, não raro sem nos perguntar se de fato fazem sentido. Cinco exemplos:
* Por que, afinal, dizemos que um objeto exibe a estranhíssima "cor de burro quando foge"? Alguém já viu um burro mudar de cor assim que sai em disparada? Cunha Mello explica que a expressão é uma corruptela e deriva, na verdade, de uma afirmação nada absurda: "corro de burro quando foge".
Da mesma maneira,
* "enfiar o pé na jaca" advém de "enfiar o pé no jacá", uma espécie de cesto;
* "estar com bicho-carpinteiro" descende de "estar com bicho pelo corpo inteiro";
* "ir para cucuia" provém de "ir para o cemitério da Cacuia", um bairro na Ilha do Governador (RJ) e
* "quem tem boca vai a Roma" decorre de "quem tem boca vaia Roma".
4 Comentários:
E o "cuspido e escarrado" que vem de "esculpido em Carrara"?
Não é louco o que fazemos com o que entendemos?
Pena que os únicos casos em que o autor fornece a *origem* do termo são aqueles em que a expressão se desviou do sentido original, como os casos citados. O "restante" do livro só traz o significado do termo.
Mesmo assim, é uma obra útil para quem não sabe o que quer dizer "puxar o carro", "a vaca foi pro brejo", "pedra no sapato"... O problema é encontrar alguém que não saiba.
Afinal, é "vai a ..." ou "vaia ..." ? Bom, de qualquer forma isso não mudaria a minha vida portanto...
Vou indo !
Tchau!
O Cara que escreveu este livro é prá mim um típico charlatão...
Explico...
o dito provérbio existe em várias línguas... e todas elas remeter ao verbo falar... em espahhol "quien sabe hablar llega en Roma" deixa claro que o verbo vaiar não tem nada nadinha de nada com isso....
Colocar um terno, aparecer na televisão.... isso funciona com os leigos... mas qualquer um que tenha um mínimo de senso crítico percebe o quão mentirosas são estas e outras deturpações da língua portuguesa.
O que me deixa mais triste... não é o fato de ter gente por aí falando bobagens... o que me deixa triste de verdade... é que não tem gente inteligente prá desmentir... pelo menos até agora né!! Aliás... Perguntem ao Pasquale o que ele acha disso aí!!
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