Síndrome do pânico
“Instituto Moreira Salles, 19:47
Estou assustada. É esse frio
que me encapa os dedos?
Mais um gole. Nesse lago
de invenção, nas curvas
nadam elétricas carpas.
Bela e erótica arquitetura
– mas que importa aos peixes
o mosaico cravado ao seu entorno?
Que me importa qualquer coisa
de belo agora? Me sinto tal qual
a obra sobrevivida de Segall
presa à parede sólida da galeria.
Alguma eminência. Estou
assustada e fica o vento
entre os dedos a mover
somente
a mão gélida e pálida.”
Poema-momento, de Laura Liuzzi
Estou assustada. É esse frio
que me encapa os dedos?
Mais um gole. Nesse lago
de invenção, nas curvas
nadam elétricas carpas.
Bela e erótica arquitetura
– mas que importa aos peixes
o mosaico cravado ao seu entorno?
Que me importa qualquer coisa
de belo agora? Me sinto tal qual
a obra sobrevivida de Segall
presa à parede sólida da galeria.
Alguma eminência. Estou
assustada e fica o vento
entre os dedos a mover
somente
a mão gélida e pálida.”
Poema-momento, de Laura Liuzzi
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